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Olha, vou buscar um cigarro.
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Erva, não é? A ilusão de que a mulher
branca ficará mais como a Billie Holiday.
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- Já fizeste amor assim pedrado?
- Eu? Não.
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Se fumo erva ou bebo ou assim,
fico insuportável de maravilhoso.
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Fico maravilhoso de mais.
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Não percebo porque é que tens de fumar
isso de cada vez que fazemos amor.
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- Descontrai-me.
- Tens de te descontrair artificialmente
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- Antes de irmos para a cama?
- Que é que interessa?
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Com uma injecção de Penthotal
podes dormir o tempo todo.
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Tu é que andas há 15 anos
no psiquiatra.
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Devias era fumar isto.
Saias de lá num instantinho.
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- Anda lá. Não precisas disso.
- O que é que estás a fazer?
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- Não, Alvy. Por favor.
- Passas bem sem isso, só uma vez.
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Espera. Tive uma ideia bestial.
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Aguenta ai um minuto.
Trouxe um pequeno artefacto.
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Um pequeno artefacto erótico
que trouxe da cidade
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que vai ser perfeito.
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Pronto. Cria-se um pouco da
essência de New Orleans.
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E agora já podemos ir â nossa vida
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e até revelar fotografias
se nos apetecer.
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- Então, o que se passa?
- Nada. Porquê?
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Não sei. Parece que não estás cá.
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- Não, estou bem.
- A sério?
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Não sei. Acho-te distante.
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Vamos lá a isto, está bem?
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É da minha imaginação,
ou estás só a fazer o jeito?
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Lembras-te onde é que pus
o bloco de desenho?
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Enquanto vocês ficam nisso,
acho que vou desenhar um bocado.
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- Estás mesmo ausente.
- Tens o meu corpo.
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É, mas quero-te toda.
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Preciso de um charro.
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Para mim não dá quando tu fumas.
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Sou um comediante.
Se faço rir um tipo que está pedrado
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não conta,
porque ele ri-se de tudo.
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- Tiveste sempre assim tanto humor?
- O que é isto? Alguma entrevista?
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Deviamos mas era estar a fazer amor.
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Este tipo tem imensa graça.
Acho que podia escrever para si.