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É da melhor. Trouxe-ma
um amigo da Califórnia.
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Ah, sabem, vamos â Califórnia
para a semana.
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Incrivel. Estou excitadissimo.
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A conselho do meu agente,
vendi-me e vou aparecer na televisão.
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Não é nada disso.
Vai entregar um prémio num programa.
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Até parece que vais violar
algum preceito moral.
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E temos de ir na semana do Natal,
o que é uma chatice.
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Olha, quando estiveres na Califórnia
podes arranjar-me coca?
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Claro, com certeza.
Trago-ta no salto oco da minha bota.
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Já agora, quanto é que isto custa?
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É para ai a 2000 dólares a onça.
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Sério? E qual é o gozo disto?
Porque eu nunca...
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Nunca me senti tão calmo como
desde que me mudei para cá, Max.
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Tens de vir a minha casa. Ao lado da do
Hugh Heffner. Ele empresta-me o jacuzzi.
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E as mulheres são como as do Playboy
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só que mexem os braços e as pernas.
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Nem consigo acreditar -
isto é mesmo Beverly Hills.
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E a arquitectura é tão consistente.
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Estilo francês ao lado de espanhol
ao lado de Tudor e japonês.
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Meu Deus! Isto é tão limpinho!
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Não deitam fora o lixo. Transformam-no
em programas de televisão.
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Pára de resmungar, Max. É Natal.
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Dá para acreditar que é Natal?
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Estava a nevar e bestialmente
cinzento em Nova lorque, claro.
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O Pai Natal apanha-me
uma insolação aqui.
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Max, aqui não há crime.
Não há assaltos.
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Não há crime económico.
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Mas há assassinios rituais.
Há gente que mata gérmen de trigo.
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Enquanto cá estiveres,
tens de ver o meu programa.
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E convidaram-nos para
uma grande festa de Natal.
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Boa, Charlie,
afinfa-lhe ai uma boa gargalhada.
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A limousine avariar-se?