Bobby Deerfield
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:38:00
Essa é que é a verdade.
:38:03
Ninguém a conhecia como eu.
:38:07
Uma vez, saímos na minha bicicleta...
:38:10
...e fomos andar.
:38:11
Metemo-nos na estrada e seguimos,
e ela estava mais bêbeda que...

:38:16
Obviamente escureceu antes
de chegarmos ao sítio para onde íamos.

:38:20
E tivemos de chamar o meu pai...
:38:21
...e ele teve de nos vir buscar
no carro.

:38:24
Näo conseguíamos meter
a bicicleta no carro...

:38:27
...e eu e a minha mäe comecámos a rir.
Ç

:38:30
O meu pai näo gostou muito.
:38:33
E depois fomos para casa...
:38:36
...e o meu pai deitou-a na cama
para ela acalmar...

:38:39
...e nada mais.
:38:41
E eu só tinha que esperar
até que ela se embebedasse novamente.

:38:47
Num Veräo...
:38:50
...o meu pai...
:38:51
...mandou-me para casa da minha tia
passar umas semanas.

:38:56
E quando voltei...
:38:58
...a minha mäe estava num hospital.
:39:02
E näo me deixavam vê-la.
:39:06
Näo conseguia perceber.
Näo me deixavam vê-la.

:39:11
Ela morreu no quarto.
:39:16
Eu devia ter 11 ou 12 anos nessa altura.
:39:22
Uma enfermeira...
:39:24
...disse que a minha mäe
me tinha escrito um bilhete.

:39:31
Mas o meu pai ficou com ele...
:39:33
...e näo me deixava vê-Io.
:39:36
Näo conseguia entender aquilo.
:39:40
Lembro-me de tentar
bater-lhe uma vez...

:39:43
...só para fazê-Io dizer
o que tinha aquele recado.

:39:46
Ele näo me dizia.
:39:51
Sempre me questionei
sobre o que lá estava escrito.

:39:56
Sei que era algo bonito.

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