:32:02
Devo-lhe muito.
Estou-lhe eternamente grato.
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Eu so ajudei. Indiquei-lhe o caminho.
Em ultima analise, a vitoria foi sua.
:32:11
A nossa vitoria.
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- Mas foi à custa de outro.
- Quer dizer, do Clouseau?
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Pode dizer-se que
ele morreu para você viver.
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- Gostava de sentir pena.
- Näo se sente culpado?
:32:26
Näo.
:32:28
Para ser sincero,
quando soube da sua morte,
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por momentos
senti-me em estado de graça.
:32:38
- Acha mal?
- Näo é uma questäo de bem ou mal.
:32:42
Eu odiava-o.
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Foi ele que literalmente deu
comigo em doido, como sabe.
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Näo é natural que me sinta feliz
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ao pensar que ele esta morto,
fora de circuito, para sempre?
:32:56
E natural. Mas ha o perigo de esses
sentimentos provocarem culpa.
:33:00
O Clouseau podia voltar e assombra-lo.
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- Näo sinto culpa.
- Agora näo.
:33:06
Nem nunca mais. O Clouseau
morreu, e eu estou livre para sempre.
:33:11
- Tome um charuto.
- Obrigado.
:33:14
Ja tratei da sua alta. A Sûreté
manda um carro às 17:30.
:33:20
Fica 12 meses em liberdade condicional.
:33:22
Se tiver problemas
telefone-me imediatamente.
:33:26
Obrigado.
:33:34
Esta a cometer um erro muito sério.
:33:36
Solte-me imediatamente, ou eu
mando-o transferir para a Martinique
:33:41
e fica o resto da vida a passar
multas e a ver parquimetros.
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O homem morto naquele carro, o meu
carro - no carro do Cato - näo era eu.
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Ele tinha a minha roupa. Esta é dele.
Sou o lnspector-Chefe Jacques Clouseau.
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Menina ou Senhora?
:33:56
O presidente quando me condecorou
disse, "Você é um homem de coragem."