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Arrancamos os anúncios das revistas.
Ninguém dá pela falta deles.
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Fazemos cartão, pintamos grelhas nele
e tapamos o buraco.
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Podemos disfarçá-lo
pondo uma toalha em cima dele.
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Eu já requisitei um acordeão
para pôr à frente do meu.
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Se fugirmos das celas, dão pela
nossa falta na contagem seguinte.
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Saímos de noite,
para só poderem descobrir de manhã.
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Temos de fazer umas cabeças falsas,
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com gesso ou cartão,
ou qualquer coisa do género.
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Metemo-las nas camas,
os guardas não percebem.
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Tu trabalhas no barbeiro.
Arranja-nos cabelos.
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Como é que atravessamos a baía?
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Disso tratas tu.
Trabalhas na oficina de alfaiataria,
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vais gamar umas gabardinas
e cola de contacto.
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Fazemos uma jangada
e coletes salva-vidas.
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Aprendi como se faz
na Popular Mechanics.
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Julgarão que vamos para S. Francisco.
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Mas não vamos.
Vamos antes para Angel Island.
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E eu, que faço?
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Tu montas guarda enquanto eu cavo.
Eu monto guarda enquanto cavas tu.
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Vocês dois fazem o mesmo.
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Que hipóteses temos?
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Poucas.
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- Eu alinho.
- Eu também.
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Eu quero ir.
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Charley.
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Sim?
:53:38
Vou começar a escavar.
Vê se vem um bófia.
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Se vires algum,
põe-te a assobiar, sim?