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Hoje estive no ginásio do Apollo Creed,
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e, como sempre, o campeão não poupou
palavras ao falar de Rocky Balboa.
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Sei que há muita gente que gostaria
de me ver numa desforra
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com um tipo tímido que
se intitula o Garanhão ltaliano.
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Mas este homem não tem a honra de me
defrontar no ringue. Ou será Matacão?
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- Como te chamas?
- Balboa retirou-se oficialmente.
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Esse anda escondido. Fugido.
Não me quer enfrentar.
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- Tem medo.
- As coisas não são assim tão simples.
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Você tem estado sob observação desde
aquela vitória por empate.
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Muitos repórteres, Apollo, incluindo
eu, acharam que era um empate.
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É a vossa opinião, mas agora estou
disposto a uma desforra,
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para provar que este pugilista de meia
tigela não tem competência
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para se aguentar cinco minutos no ringue
com um atleta superior.
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O homem anda fugido, anda escondido.
Não me quer enfrentar.
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Portanto, digo-te, Rocky Balboa,
que quero que o povo americano saiba,
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quero que o mundo saiba que estou
pronto a defrontar-te em qualquer lado.
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Onde e quando for preciso vou enfrentar
e derrotar esse pretenso pugilista,
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o Garanhão ltaliano, se ele tiver tomates
para me telefonar. A pagar no destino.
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Telefona-me, Balboa!
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Seria uma desforra legítima, o pugilista
contra o italiano que dá uns murros.
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Toda a gente os quer ver
de volta ao ringue.
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Mas só há um problema...
onde está o Rocky Balboa?
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Vadio sem préstimo!
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Sabes, estava a pensar que...
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Fazer anúncios não é para mim.
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Trabalhar num armazém de carne
não é para mim.
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A minha vida é o boxe.
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Mas tu desististe.
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Acho que me estou a tornar
num Zé-Ninguém.
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- Aos olhos de quem? Aos meus não.
- Aos meus.
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Aqui dentro.
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- Havemos de superar isto.
- Aí é que bate o ponto.