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- E de repente apareceu um camião...
- Não, quero dizer que é muito triste
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porque você é tão infeliz agora.
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É assim tão evidente?
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Gosto muito dele, sabe?
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Como ele era.
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E quando de repente volta a ser
como era. E ele, eu e o Jo
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vamos fazer um piquenique na
falésia ou coisa assim.
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Agora passa a maior parte do tempo
com o Tom. Sentados a beber.
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No primeiro ano que aqui estivemos
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os meus pais vieram visitar-nos.
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Não imagina.
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Sempre calado e escondia-se deles...
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Fico é triste pelo Jo.
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Está sempre a perguntar pela avó
e onde é que ela está.
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- É um miúdo simpático.
- Não é?
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E é tão esperto.
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E muito corajoso.
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- E tem sorte.
- Porquê?
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Em ser tão amado.
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Não. Sou mãe dele.
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- Os pais gostam dos filhos.
- Não.
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Não, de modo nenhum.
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Alguns... usam os filhos.
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lmpõem-lhes metas, objectivos que
não conseguiram nas vidas deles.
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Não é propriamente amor, pois não?
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Não.
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Pergunto-me é porque é que
continua, se já não se dá bem.