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Perfeitas para guisado de ratazana.
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Sopa de ratazana, tarte de ratazana,
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e o sempre popular,
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ratatouille.
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Nada!
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Nada!
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Tenho absolutamente
nada para vender!
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Ratazanas! Ratazanas!
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Senhor, ajudai-me, estou a morrer à fome.
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Ajudai-me.
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Desaparece, seu porco.
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Por favor, dinheiro, comida,
qualquer coisa. Ajudai-me.
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Tira as tuas mão nojentas
de mim. Desaparece.
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- Por favor!
- Por favor!
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Estou a morrer de fome.
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Olhem ao que chegamos...
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Pedintes a pedir a pedintes.
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Bonjour, Madame de Farge.
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Bonjour, escumalha.
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Muito bem, tudo calado.
A reunião começa.
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Camaradas rejeitados...
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Não é preciso dizer-vos,
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que a pobreza grassa
nas ruas de Paris.
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- Sim
- Sim
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As famílias não têm sequer
dinheiro para o pão.
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- Não
- Não
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Estamos praticamente sem nada.
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Na semana passada, eu
própria fiquei sem lã.
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Não temos direitos.
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Não temos voz.
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- Não.
- Não.
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Não temos dignidade.
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- Não.
- Não.
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Somos tão pobres,
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que nem a uma língua tivemos direito,
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só este sotaque estúpido.
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- Ela tem razão.
- Ela tem razão.
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Falamos todos como o
Maurice Chevalier.
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O que nós precisamos é
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uma nova língua...
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Uma canção que fale
de luta,
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que fale de triunfo.