:52:01
Com todo respeito, senhor,
esse foi meu diagnóstico inicial.
:52:05
Acho que concordamos que não se trata
de uma adolescente em crise de identidade.
:52:10
Agora ela nos diz que seus filhos
também estão sentindo, então...
:52:13
É ilusão em massa. Uma folie à quatre.
:52:17
Histeria é contagiosa. Qualquer um pode
ver e sentir coisas que não existem.
:52:22
Seus filhos apenas apóiam seus delírios.
:52:25
Classicamente correto, mas sua mente
está lhe dando imagens fortes e explícitas.
:52:30
Por que iria tão longe
para corroborar tais delírios?
:52:33
Phil, veja o histórico. Ela acredita
que seu pai tinha desejos incestuosos.
:52:37
Apaixona-se por um adolescente,
um garotão típico.
:52:40
Ele tenta provar que é homem de verdade
e não é. Depois ela se junta com....
:52:44
- Jerry Anderson?
- Não, Garrett.
:52:46
- Oh, Garrett.
- Bob Garrett.
:52:49
Um homem velho o suficiente
para ser seu pai. Vê o padrão?
:52:52
- Sim. Mas não sei se concordo.
- Sexo seguro. É a história de sua vida.
:52:57
Ela se recusa constantemente
a se envolver com a coisa verdadeira.
:53:01
- Ela tem três filhos.
- E o que isso prova?
:53:04
- Não é preciso sexo para se ter bebês.
- Não estava a par deste fato.
:53:07
- Bem, agora você sabe.
- Não sexo de verdade.
:53:09
Por 32 anos, a Carla se sai muito bem.
:53:13
De repente, ela conhece esse cara...
Qual o seu nome?
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Jerry Anderson?
Estou chegando lá.
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E, pumba!
Ela entra em uma fantasia dionisíaca.
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Não percebe? É o tipo de situação
que pode catalisar esse tipo de ruptura.
:53:28
- O que, Anderson?
- É claro. Um homem de verdade.
:53:31
Ela quer a coisa verdadeira. Não quer mais
fingir com garotos ou homens velhos.
:53:35
E face à coisa verdadeira,
a Carla desmorona.
:53:38
Regressa a uma realidade infantil.
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Sugiro que vá mais fundo.
Acho que descobrirá mais.
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E talvez descubra que a Carla
não é o que parece ser.
:53:51
Apoiado.