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Queres fazer assaltos por todo o país,
a trabalhar para mim?
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Eu trabalho por conta própria.
Tudo corre sobre rodas. Não aturo egos.
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Sou o meu próprio chefe.
Porque havia de trabalhar para si?
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A escolha é tua.
Eu faço a proposta, tu decides.
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Não procuras. Não tens de fazer nada.
Nós arranjamos-te um assalto.
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Quando dizemos que há, é porque há.
São assaltos já preparados.
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- Como é que são feitos?
- Diagramas de alarmes, plantas, chave.
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Às vezes os furtos são encomendados
para dar o golpe no seguro.
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- Carros? Ferramentas?
- Tudo o que precisares, vem ter comigo.
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Dinheiro, armas, carros -
a partir de hoje, serei o teu pai.
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- Qual é o meu quinhão?
- Recebes uma quantia. Não negociável.
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Nós temos despesas.
Mas saberás de antemão qual é a quantia.
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- Quanto?
- Uma batelada.
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Nada abaixo de seis números.
Vais ser milionário.
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- Vou-me arriscar muito.
- Nós damos-te protecção.
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- Se eu for preso?
- Tens um advogado, um fiador.
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- Não passarás a noite na cadeia.
- Eu faço roubo limpo.
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Nada de peles, acções, certificados do
tesouro. Só diamantes ou dinheiro.
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- Óptimo.
- E não há cá merdas à cowboy.
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- Eu trabalho com um parceiro.
- O teu parceiro é responsabilidade tua.
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Se ele fizer merda contigo, o problema
é teu. Se fizer merda connosco, também.
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- Quem são os seus homens?
- Não precisas de saber.
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- Então, o que dizes?
- Não sei.
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- O que quer isso dizer?
- Não sei.
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Não gosto de subscrições vitalícias.
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- Os meus planos de reforma...
- Que queres fazer nessa altura?
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Apanhar milho com as galinhas.
Ver televisão de dia. Que importa isso?
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Está bem.
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Dois, três assaltos.
Queres continuar, óptimo.
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Queres sair, tudo bem.
Aqui somos todos negociantes e adultos.