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Tenho sido bom para ti.
E agora estou livre.
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Por isso, vamos lá atalhar caminho
e mandar para frente este romance.
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O quê? Não acredito nisto.
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Achas que estive toda a vida
à tua espera? Que merda é esta?
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Tu achas que eu estou a gozar.
Estou a falar muito a sério.
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Meu Deus.
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- Estás aterrorizada.
- És um cabrão.
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O que é que estás a fazer
de tão fantástico na tua vida?
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- A minha vida está óptima.
- Claro. Toma.
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- Não sabes nada de mim.
- Sei tudo acerca de...
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Sabes, uma merda.
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Porque é que tens de gritar?
Desculpe. Traz-me dois cafés?
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- Desculpa. E então?
- Então, o quê?
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- Então, diz-me.
- Menu?
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Não. Obrigado.
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Então, como é que era?
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Sabes como é, muito dinheiro. Tucson.
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Cidade do México. Bogotá.
À deriva. Sabes como é.
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Fiz-me retorcida e feia.
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Já estava tudo acabado, mas fizemos
de conta que estava tudo bem.
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Acabou muito mal.
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Agora, levanto-me de manhã.
Tomo um duche.
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Vou trabalhar. Tenho um emprego.
Tenho um cartão de Segurança Social.
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A minha vida é muito vulgar e aborrecida.
O que é bom, porque é sólida.
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Estás a marcar passo, mas é.
A desistir. Estás a esconder-te.
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Finges esperar um autocarro,
mas tu não queres ir a lado nenhum.
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Tens autorização para fazer isto?
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Que quantidades é que ele vendia?