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Olha-me para aquela Audrey.
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É uma obra prima, hã?
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Oh, sim.
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- És um homem de sorte, Charlie.
- Oh, e eu não sei?
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- Há quanto tempo se casaram?
- Deixa cá ver. O ano passado, em Setembro.
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- Ainda casados de fresco, pois.
- Sim?
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- Sabes...
- É maravilhoso. É mesmo.
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- Onde é que estão a viver?
- Temos uma bela casa em Long Island.
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- Sim? Onde?
- Stony Brook.
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- Estou a fazer um quarto para os miúdos.
- Têm filhos?
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- Bem, tencionamos tê-los.
- Sim? Que bom.
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- A Audrey era um pouco indisciplinada no liceu.
- Oh, bem, sim, imagino!
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Mas eu sabia que ela
iria assentar um dia.
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Oh... Obrigado, Ray.
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Irene, há quanto tempo
está ele na cidade?
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- Não sei.
- O que queres dizer com isso?
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Que não sei!
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- Vá lá, Irene!
- Juro por Deus que não sei.
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Fiquei tão surpreendida como tu
quando ele apareceu.
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Oh, meu Deus.
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Pergunto-me sobre o que
estarão a falar.
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Ora, essa é uma questão.
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- Não devia estar a perguntar-te isto...
- Não, não, seja o que for.
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Sim?
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A Audrey era a gaja mais
boa do liceu.
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E eu pergunto-me
como é que ela será mesmo.
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Que miúda, Ray. Que miúda!
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Ela é... impulsiva e...
a imaginação dela...
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Não, não! Pergunto, na cama!
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Oh!
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O que estou eu a fazer?
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Oh, meu Deus! Bem, ela...
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Vá lá, Charlie, tens de admitir que ela
tem ar de quem te parte em dois na cama.
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- Quer dizer, foder-te até te desfazer.
- Ray, isso não são coisas que se digam.