Cry Freedom
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:17:05
A ideia foi dela, ou sua?
:17:09
Venha, eu mostro-lhe.
:17:11
Foi uma ideia colectiva,
mas é uma sorte tê-la connosco.

:17:15
E um médico liberal e branco
a fazer o mesmo, não vos servia?

:17:20
Quando era estudante, a formar-me para
os empregos que vocês nos deixam ter,

:17:25
de repente percebi que não eram só os
bons empregos que eram para os brancos.

:17:29
Só sabíamos a História dos brancos,
escrita por brancos.

:17:35
A televisão, os carros, os remédios,
tudo inventado por brancos.

:17:38
Até o futebol.
Ora, num mundo assim

:17:41
é fácil acreditar que é inferior
ter nascido negro.

:17:46
Cultivamos a maior parte do que comemos,
para os doentes e o pessoal.

:17:50
- E a igreja?
- Já cá estava muito antes de nós.

:17:55
E comecei a pensar que a inferioridade
era um problema ainda maior para nós

:17:59
do que o que os africânderes
nos estavam a fazer.

:18:02
Que o homem negro tinha de acreditar
:18:04
que era tão capaz de ser médico,
de ser um líder, como um branco.

:18:08
Por isso tentámos montar isto aqui.
:18:11
O meu erro foi escrever
algumas destas ideias.

:18:15
E o governo baniu-o.
:18:17
E o editor combativo e liberal
começou a atacar-me.

:18:20
Ataquei-o por ser racista.
:18:24
- Que idade tem, Sr. Woods?
- 41, se é que faz alguma diferença.

:18:30
Um sul-africano branco,
de 41 anos, jornalista.

:18:37
Já esteve nalgum campo de negros?
:18:40
- Já fui a muitos...
- Não tenha vergonha.

:18:44
Fora a polícia, não há um sul-africano
branco em 10.000 que o tenha feito.

:18:50
É que nós sabemos como vocês vivem.
:18:52
Cortamo-vos a relva, cozinhamos a vossa
comida e limpamos o vosso lixo.

:18:57
Gostava de ver como nós vivemos?

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