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se conseguem ver-se uma vez por ano,
têm muita sorte.
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Diz sempre "vocês". Mas está a falar
do governo africânder.
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Não culpe todos os brancos
pelo apartheid.
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Quantas criadas tem a viver em sua casa,
Sr. Woods?
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- Uma, mas não...
- Não embirres com ele.
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Está aqui para se divertir.
Vá, bebam. À saúde.
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Não defendo o que foi feito,
ele é que é contra os liberais.
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Estamos a tentar ir
no sentido da integração.
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Claro. Querem dar-nos uma educação
um bocadinho melhor,
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para podermos ter empregos
um bocadinho melhores.
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- A princípio, talvez, mas...
- Não entro à força na vossa sociedade.
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Serei como sou, e podem bater-me,
prender-me, ou até matarem-me,
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mas não serei
o que vocês querem que eu seja.
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O mais que vocês querem
é deixar que nos sentemos à vossa mesa,
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usar os talheres de prata e porcelanas,
e se aprendermos a usá-los como vocês,
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terão a bondade de nos deixar ficar.
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Queremos limpar a mesa.
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É uma mesa africana, e sentar-nos-emos
a ela de pleno direito.
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Lembrem-se, antes de vocês chegarem
nós tínhamos a nossa própria cultura.
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Muitas aldeias, pequenas.
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Conhece a nossa língua, Sr. Woods.
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A palavra que usamos para sobrinho
é "filho do meu irmão".
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A Tenjy não chama tia à minha mulher,
mas sim "irmã da mãe".
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Não temos palavras distintas
para os membros da família.
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Todas começam por
"irmão" e "irmã".
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Cuidávamos uns dos outros.
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Resolvemos bem muita coisa
que a vossa sociedade nunca resolveu.