Cry Freedom
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:37:05
- Correcto.
- Diz "terrorismo aberto".

:37:09
Acha sinceramente que é
uma afirmação válida?

:37:12
É muito mais válida do que
as acusações contra estes homens.

:37:21
- Acha?
- Acho, sim. Não me refiro às palavras.

:37:26
Refiro-me à violência com que
a polícia carrega sobre as pessoas,

:37:30
espancando-as a casse-tête.
:37:32
Falo da polícia disparando sobre
gente desarmada.

:37:35
Falo da violência indirecta
que faz morrer à fome.

:37:39
Falo do desespero, da desolação
dos campos de trânsito.

:37:43
Ora, eu penso
:37:45
que tudo isso é um terrorismo maior
do que as palavras deles.

:37:50
Mas são eles os acusados,
e não a sociedade dos brancos.

:37:57
Quando você e outros acólitos
da consciência negra dizem

:38:01
que "Os nossos verdadeiros líderes foram
banidos e presos em Robben Island."

:38:08
Refere-se nomeadamente a quem?
:38:11
Nomeadamente a gente como
Mandela, Sobukive,

:38:16
ou Govan Mbeki.
:38:18
E não será verdade que
o denominador comum entre eles

:38:21
é terem advogado a violência
contra o governo?

:38:25
O denominador comum
:38:27
é terem feito avançar, com altruísmo,
a luta do homem negro.

:38:33
Ou seja, a sua resposta a este
pseudo "terrorismo aberto"

:38:38
é provocar a violência
na comunidade negra?

:38:42
Não, o movimento quer evitar a violência.
:38:44
Mas as suas palavras
invocam o confronto directo.

:38:48
É verdade. Exigimos o confronto.
:38:51
E isso não é violência?
:38:53
O senhor e eu estamos agora
em confronto, mas não vejo violência.


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