:04:00
- com este comportamento desregrado.
- Eu sei disso, senhor.
:04:04
Certo, então.
:04:05
Eu não sei o que você pensa
da questão do encarceramento,
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se é porreabilitação ou vingança,
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mas eu estava começando a achar
que vingança é o que faz mais sentido.
:04:19
Mostre a tatuagem!
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- Vire para a direita!
- Não se esqueça dos dedos, Ed.
:04:27
Já ouviu a do trem de prisioneiros que
bateu contra um misturador de cimento, Ed?
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Doze prisioneiros durões escaparam.
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Já ouvi essa aí.
:04:37
- Tá de namorado novo?
- Não, Hi, de jeito nenhum.
:04:42
Não se preocupe, eu paguei por ele.
:04:45
Dizem que a ausência faz
o coração batermais forte.
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E talvez desta vez, estejam certos.
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Não passou ali.
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Mais e mais meus
pensamentos se concentravam na Ed
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e finalmente sentia dor do encarceramento.
:05:00
Mamãe jogava o caranguejo
vivo na panela de água fervendo.
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Bem, um dia eu decidi fazer o meu próprio.
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E eu o joguei na panela, sem a água, sabe?
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E foi como fazer pipoca, entende?
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É, a prisão pode ser um lugar
solitário depois que as luzes se apagam,
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quando o último dos convictos foirecolhido.
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Mas não podia deixar de pensar que
havia um futuro melhorà minha frente.
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De uns oito a quatorze meses à frente.
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Existe um nome pra gente como você, Hi.
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- O nome é ''reincidente''.
- O transgressor que reofende.
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- Não é um belo nome, é, Hi?
- Não, senhor. É um nome bem feio.
:05:51
- Não sou mais assim.
- Está dizendo o que queremos ouvir?
:05:55
- Não, senhor, de jeito nenhum.
- Só queremos apenas ouvir a verdade.
:05:59
Então acho que estou
dizendo o que querem ouvir.