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O tempo de Al Capone.
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Um artigo de jornal
punha a questão
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de, já que o senhor é, ou parece ser,
o Mayorde Chicago,
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porque não é nomeado como tal?
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Sabe, isso toca-me bastante.
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Na vida, rimo-nos do cómico
e do verdadeiro.
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Há gente, os reformadores,
que dizem:
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"Prendam-no.
Quem é que ele julga que é?"
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É aí que o vosso jornal tem razão.
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Satisfaço a vontade do povo.
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Todos sabemos que as pessoas
bebem. É nesse campo que actuo.
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Falam em contrabando.
O que é isso?
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De barco é contrabando,
em terra é hospitalidade.
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Sou um homem de negócios.
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Mas tem fama
de usar da violência
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com os que não compram
os seus produtos.
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Não faz mal.
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Nasci num bairro pobre
onde se dizia
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que era preciso juntar uma arma
às boas palavras.
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Nesse bairro, talvez fosse assim.
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Às vezes, a fama persegue-nos.
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Há violência em Chicago,
mas não parte de mim
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nem dos meus empregados,
porque é mau para o negócio.