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Sim, mas o que eu perguntei foi como.
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Tinha 15 anos quando fui introduzida
na sociedade.
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Já sabia que o papel
a que estava condenada,
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calar-me e fazer o que me era ordenado,
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dava-me a grande oportunidade
de ouvir e observar.
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Nâo o que me diziam,
naturalmente desprovido de interesse,
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mas tudo o que tentavam
esconder de mim.
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Exercitei a indiferença.
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Aprendi a mostrar-me alegre
debaixo da mesa.
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Espetei um garfo nas costas da mâo.
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Tornei-me...
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perita em dissimular.
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Nâo procurava o prazer,
mas o conhecimento.
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Consultei o mais severo dos moralistas
para aprender a posar.
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Filósofos, para saber discernir.
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Romancistas, para ver
o que poderia aproveitar.
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No final, reduzi tudo a um princípio
maravilhosamente simples.
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Vencer ou morrer.
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Entâo, sois infalível?
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Se desejo um homem, tenho-o.
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Se o pretende divulgar,
descobre que nâo pode.
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É esta a história toda.
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Foi assim a nossa história?
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Desejei-vos ainda antes de vos conhecer.
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O meu orgulho próprio exigia-o.
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Quando começastes a perseguir-me...
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desejei-vos loucamente.
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Foi a única vez que fui controlada
pelo desejo.
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Um combate corpo a corpo.