:37:02
Não, houve outra tentativa
de o assassinar. Está em coma.
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Que horror!
Este mundo é tão violento.
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Se não fosse,
eu estaria desempregado,
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mas eu desistia amanhã
para viver num mundo sem crime.
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Que bonito.
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Isto está a acontecer
tão rapidamente.
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- Já fui magoado.
- Tenho muita pena.
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Conhecia-a há anos.
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Costumávamos ir aos bailes
da Polícia juntos.
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Como eu a amava,
mas ela tinha a sua música.
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Eu acho que ela tinha a sua música.
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Ela andava sempre
com o Coro Masculino de Chicago.
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Não me lembro dela saber tocar
um instrumento ou cantar.
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Mas andava em digressão
300 dias por ano.
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Ofereci-lhe uma harpa no Natal.
Ela perguntou-me o que era.
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É sempre a mesma história.
O rapaz encontra a rapariga.
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Perde-a. A rapariga encontra-o.
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O rapaz esquece-a,
e depois lembra-se.
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Ela morre num acidente de balão,
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por cima do campeonato de futebol,
no primeiro dia do ano.
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- Que horror.
- Foi um estoiro!
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Coitadinho!
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Pronto. Não te quero entristecer.
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Frank, não é isso.
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Porque havias de ser tão maravilhoso?
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- Tenho uma coisa para te dizer.
- Não!
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Não precisas de me dizer nada.
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O que pertence ao passado
não importa.
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Talvez...
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talvez sejamos duas almas solitárias
que se encontraram.
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Carinha de Gozo!