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Näo havia nada no quarto
a näo ser um colchäo no chäo.
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Disseram-me para tirar as roupas.
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Disseram-me
para me encostar à parede.
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Desatei a chorar.
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Disse-lhes que era virgem.
Eles riram-se.
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Mischka disse:
"Vamos ensinar-te a tocar em nòs...
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...tal como tocas piano".
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Mischka sacou de um revòlver...
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...e enfiou-mo na boca.
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O outro rasgou-me a roupa.
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Acendeu um cigarro.
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Encostou o cigarro ao meu...
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Eles fizeram-no à vez.
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Eu desmaiei.
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Houve outros...
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...homens que entraram no quarto,
saíram e depois voltaram.
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Perdi a noçäo do tempo.
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Queimaram-me.
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Alguém me tirou uma fotografia.
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O claräo acordou-me.
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Depois,
näo sei quanto tempo depois...
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...era Mischka novamente.
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"Porca", disse ele,
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"Aprendeste a fazê-lo magistralmente".
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E recomeçou tudo de novo.
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O outro estava là. Ria-se.
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Puseram-me de pé
e carregaram-me là para fora.
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Estava frio.
Estava um frio terrível.
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No chäo, enterrada na neve,
estava uma baioneta.
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Disseram-me para me pôr de gatas...
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...sobre a baioneta.
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Disseram-me para fazer exercício.
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Ouvi-os a rir-se.