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ou de tricas nas apostas,
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só os chefões discutiam
o problema com o Paulie.
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Era tudo cara a cara.
O Paulie odiava reuniões.
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Näo queria que ninguém
ouvisse o que dizia,
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nem que ouvissem o que lhe diziam.
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Centenas de pessoas dependiam dele,
e recebia parte de tudo o que ganhavam.
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Era um tributo, como no velho continente,
só que o faziam na América.
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O Paulie apenas lhes dava protecçäo
contra os tipos que os tentavam roubar.
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Era só isso. Foi isso que o FBI
nunca conseguiu entender.
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O Paulie e a Organizaçäo só protegem...
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as pessoas que näo podem
ir ä polícia. É só isso.
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É como se fossem uma
polícia para mafiosos.
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As pessoas viam-me de forma diferente,
sabiam que trabalhava para alguém.
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Ao domingo, näo tinha de esperar
na fila da padaria para ter päo fresco.
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O dono sabia para quem eu trabalhava
e atendia-me sempre...
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antes das outras pessoas.
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Näo tínhamos carro, mas os vizinhos
näo estacionavam na nossa entrada.
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Aos 13 anos,
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ganhava mais dinheiro que a maioria
dos adultos do bairro.
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Tinha tudo.
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Um dia...
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Um dia, uns miüdos do bairro levaram
as compras da minha mäe até casa.
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Sabem porquê?
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Porque me respeitavam.
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O que é que achas?
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Näo säo um espanto?
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Pareces um gangster.
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Atingiram-me! Socorro!
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Henry, fecha a porta.
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Foi a primeira vez
que vi alguém que levou um tiro.
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Isto näo pode acontecer aqui. Céus!