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Näo quero ir para um sítio frio.
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Näo tem escolha.
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Vä lä. Diga lä ao manda-chuva...
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que näo quero frio. Faça-me isso.
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Tem bronquite. É por isso.
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Se tem bronquite, vamos pensar nisso.
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Queria ir para um sítio quente.
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Posso fazer algumas perguntas?
Sobre os meus pais?
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Que têm eles?
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Vou poder vê-los?
Vou poder falar com eles?
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Vou ter algum tipo de contacto com eles?
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Näo.
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Espere aí. Estä a dizer-me...
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que se acontecer algo aos meus pais,
näo posso vê-los?
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Talvez se possa arranjar,
se eles ficarem doentes.
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Em circunstäncias extraordinärias...
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Näo posso fazer isto. Näo posso, Henry.
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Näo posso deixar os meus pais.
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Karen, jä te tinha dito.
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Só faço isto,
se tu e as miúdas vierem comigo.
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Näo consigo fazê-lo sem ti.
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Por isso, faz o que quiseres.
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-Precisam do Henry, de mim näo?
-É isso mesmo.
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Näo me interessa se vai ou näo.
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Se isso fizer dele uma melhor testemunha,
quero-a com ele.
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Eles näo precisam de mim.
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O Henry vai para o programa de protecçäo.
Näo lhe podem tocar.
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Só lhe podem tocar,
se tocarem em si ou nos seus filhos.
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Se ele entrar no programa,
você corre perigo.
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-Eu näo sei de nada.
-Näo me venha...
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com cantigas.
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Ouvi as escutas telefónicas
e ouvi-a falar em cocaína.
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Conversa após conversa,
falava ao telefone com o Henry.
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Näo interessa. Quer ele vä preso,
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quer fique na rua, é um homem morto.
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Ele sabe-o e você também.
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E as miúdas e a escola?
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Como é que vai ser?