:44:04
Há demasiado. Demasiado.
:44:08
É bom voltar a ver-te.
:44:10
Igualmente. Vais á reunião?
:44:12
- Que reunião?
- Do liceu.
:44:15
- Andaste no liceu de Beverly!
- De onde julgas que te conheço?
:44:19
Não era para ser uma pergunta, tipo:
"Andaste em Beverly?"
:44:23
Foi mais num tom nostálgico.
Quando é a reunião?
:44:26
No fim do mës.
:44:28
Lembras-te de Mr. Craverly?
:44:31
O professor de biologia.
:44:33
Aconteceu-lhe uma coisa terrível.
:44:36
Que lhe aconteceu?
:44:37
- Julgava que sabias.
- Não.
:44:41
Foi a uma festa
e conheceu uma rapariga.
:44:44
Parecia cansada, doente...
:44:47
Levou-a a um restaurante. Talvez
se sentisse melhor, se comesse algo.
:44:51
Ela vai para casa com ele.
:44:55
- Não soubeste mesmo de nada?
- Vai com ele e depois?
:44:58
Ele acha que é uma noite perfeita...
:45:00
...e ela toma um monte de comprimidos
e apanha uma "overdose".
:45:05
- E ele leva-a para o hospital.
- Na manhã seguinte.
:45:08
E nem deixa o nome.
:45:13
Mr. Craverly, suponho...
:45:15
Estou á sua disposição.
:45:17
Não estou com boa disposição.
:45:22
É bom ver que estás bem.
:45:24
Suponho que devia agradecer-te.
:45:28
Peço desculpas por não ter deixado
o meu nome no hospital.
:45:32
Dadas as circunstäncias,
talvez isso fosse secundário.
:45:35
Não sei se há etiquetas, quando se
trata de um desconhecido e um "overdose".
:45:38
Não sou estranho.
Sou mais um parente. Família.
:45:42
Não sei o que aconteceu
naquela noite.
:45:47
Posso apenas imaginar.
:45:49
Não, nem quero fazer isso. Quero
que saibas que não sou assim.
:45:54
Não sei como sou,
mas não tenho o hábito de...
:45:57
E se te disser
que não aconteceu nada?