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Se lhe tivesses lavado a boca
com sabão em pequena...
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Estou apenas a sugerir que tentemos
estar bem umas com as outras...
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...sem culpas.
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Ouçam a "Menina... Sem Culpas".
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Vamos!
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- Que estás a fazer?
- Vais para a sala de espera.
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Não é preciso empurrares! Eu vou!
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Precisas é de um bom açoite no rabo,
como dava á tua mãe!
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Blá, blá, blá, blá.
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Se eu julgasse que te fazia sentir
assim, matava-me.
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Não digas isso nem a brincar.
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E especialmente num hospital,
as pessoas podem levar a sério.
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Ela não faz aquilo por mal.
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Parece aquela voz dentro de ti que
te diz que não és capaz de fazer nada.
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É verdade, não é?
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Aonde foste?
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Às gravações. Mas não devia ter saído
assim. Desculpa.
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Julgas mesmo que não quero
que te saias bem?
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Não, mãe.
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E tinhas razão quanto áquele rapaz.
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E tenho razão quanto a fazeres
aquele vídeo de música.
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Espera e verás.
É aí que terás um grande ëxito.
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Tem sangue.
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Sangue na peruca, na roupa.
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A maquilhagem desapareceu.
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As sobrancelhas ainda se vëem?
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Um bocadinho... acho eu.
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Não se apagaram totalmente.
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- Detesto não ter sobrancelhas.
- Eu sei.
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Desde que o estúdio as rapou,
nunca mais voltaram a crescer.
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Vá, vamos maquilhar-te.
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Maquilhar?
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Já estás menos zangada comigo?
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Sempre estive menos zangada contigo,
mãe.