Much Ado About Nothing
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Então, minha prima, Margaret
e Ursula estão enganadas.

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- Juraram que me amáveis.
- E a mim que morríeis de amores.

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- E a mim que já tínheis morrido.
- Pouco importa. Então...

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não me amais?
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Não. Apenas vos tenho amizade.
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Então, estou certa de que o amas!
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Asseguro que a ama, pois tenho aqui,
escrito pelo punho dele,

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um soneto coxo, de sua autoria,
dirigido a Beatrice.

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E aqui está outro, escrito pela
minha prima, que lhe tirei do bolso

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e que revela a afeição dela
por Benedick.

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Um milagre!
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As nossas mãos estão em guerra
com os nossos corações.

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Ora então...
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Aceito-te, mas tão-somente por piedade.
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Não vos recuso,
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mas apenas porque a insistência
foi muita e para vos salvar a vida,

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pois disseram-me que definháveis.
- Silêncio!

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Vou fechar-te a boca.
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Como te sentes,
Benedick, homem casado?

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Digo-te, Príncipe,
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nem um colégio de gracejadores
me rouba o bom humor.

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Julgas que me incomodo
com uma sátira ou um epigrama?

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Não. Já que decidi casar-me,
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não farei caso
do que o mundo possa dizer.

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É inútil escarnecerem
do que eu disse contra o casamento.

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O homem
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é um ser inconstante,
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eis a minha conclusão.

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