Arizona Dream
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:20:01
Axel, o meu pai teve o primeiro stand
da Cadillac no Arizona em 1914!

:20:08
Ele tinha um sonho magnífico, de vender
mais carros quantos puder,

:20:11
e empilhá-los todos até
poder subir neles até à lua.

:20:16
Não é lindo? - Muito lindo, Leo.
Mas tombariam todos.

:20:21
Isso foi o que eu disse, mas
ele queria-me no negócio,

:20:24
e eu resisti, tal como
tu estás a resistir agora.

:20:26
Não estou a resistir, Leo.
Só não quero vender carros.

:20:30
De que é que tens medo?
- De nada.

:20:38
Uma coisa de que
eu tinha certeza,

:20:40
é que o meu tio Leo foi definitivamente
o herói da minha infância.

:20:44
O cheiro do seu "Old Spice" trouxe-me mais
lembranças do que os filmes caseiros.

:20:51
Foi o cheiro doce e barato dos vendedores
de carros que me trouxe de volta,

:20:56
e me fez voltar ao passado.
:20:59
O Leo era o último dinossauro
a cheirar a colónia barata.

:21:03
E ele acreditava no sonho Americano.
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Estava maluco por ele, porque
ele acreditava em milagres.

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Mesmo apesar de ele ter vivido
na realidade e ter vendido Cadillacs,

:21:13
ele sempre pareceu um rapaz de 10 anos
com as mangas demasiado grandes.

:21:18
O Leo deu-me esta câmara de filmar.
:21:20
A minha mãe sempre pensou que eu
me tornaria no próximo Milton Berle.

:21:23
Mas os sonhos com casas, carros e relva não
são sonhos quando se tornam realidade.

:21:28
Eu percebi o que a minha mãe queria dizer com "Bom dia, Colombo."
:21:33
Mesmo que ela não gostasse do que
eu fazia, penso que perceberia.


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