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E ele acreditava no sonho Americano.
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Estava maluco por ele, porque
ele acreditava em milagres.
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Mesmo apesar de ele ter vivido
na realidade e ter vendido Cadillacs,
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ele sempre pareceu um rapaz de 10 anos
com as mangas demasiado grandes.
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O Leo deu-me esta câmara de filmar.
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A minha mãe sempre pensou que eu
me tornaria no próximo Milton Berle.
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Mas os sonhos com casas, carros e relva não
são sonhos quando se tornam realidade.
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Eu percebi o que a minha mãe queria dizer com "Bom dia, Colombo."
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Mesmo que ela não gostasse do que
eu fazia, penso que perceberia.
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Quanto tinha 11 anos, apanhei uma dor
de ouvidos estranha que nunca mais saía.
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Uma centena de médicos
não me conseguiram ajudar...
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Então o Leo foi ao México,
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e trouxe uma bruxa-médica
gorda que me curou logo.
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Fiquei muito agradecido, mas achei
que teria ficado melhor surdo.
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Apesar de tudo, tive uma infância feliz.
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O meu pai, guarda fronteiriço, passou a vida
a tentar evitar que passassem a fronteira.
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Durante 15 anos, ele limpava a estrada
entre o México e o Arizona,
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e todas as manhãs ia à procura
de pegadas na poeira.