:33:02
Pois, estás sempre a dizer isso.
:33:04
Já o admitiste,
já tivemos esta conversa.
:33:06
Todos os teus amigos são homens,
é-te difícil escrever para mulheres.
:33:10
Vê a tua relação com a tua mãe,
avó, duas tias, irmã...
:33:14
Tento inserir isso nas peças
mas, para ser franco,
:33:17
não acho que compreendas
o meu trabalho.
:33:20
Não sejas tão defensivo.
:33:22
Deves é achar a minha opinião
pouco intelectual para ti.
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Estás a ser injusta,
:33:27
ouço sempre as tuas ideias
e procuro ser receptivo,
:33:30
só que neste caso acho
que estás errada.
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Quando tenho razão?
:33:33
Tens com outras coisas, mas não
sobre a sexualidade da Sylvia.
:33:37
17 de Setembro.
A primeira semana já passou
:33:40
e, tirando um ou outro pequeno
incidente, tudo parece correr bem.
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Houve aquilo
entre a Helen e a Eden...
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Não consigo dizer o monólogo
se ela não pára quieta no palco!
:33:50
É por isso que acho
que me devo sentar.
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A Sylvia nunca a convidava a sentar
na própria casa, despreza-a!
:33:56
Não quer que ande, que me sente...
Se me puser de cócoras?
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David, percebe que pede
a um público que acredite
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que o meu marido me deixaria
por tal mulher?
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Peço desculpa mas está bem claro.
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Não é, David?
Na tirada sobre atracção erótica.
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Ele está a pensar em mim
nesse momento! Não percebe nada?
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Só quando fala nas manchas da idade.
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Há quanto tempo não tem
uma hemorragia?
:34:20
Não seria agora altura ideal
para o meu solilóquio do 2ºaçto?
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- Ouviram o que ela...?
- Uma aspirina, por favor!
:34:29
Pois, acho boa ideia...
:34:31
- Eden, faz um intervalo.
- Quero uma aspirina!
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E houve aquilo quando tentei
encurtar uma fala da Olive...
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Gosto da minha tirada
e já a sei de cor.
:34:44
- Pois, mas é supérflua.
- E o quê?
:34:47
Está exagerada, e sabemos
o que pensas do esgotamento dela
:34:51
pelo que dizes á médica...
A culpa é minha.
:34:54
Tu ias muito bem.
:34:57
- Mas quero dizê-la...
- Não é necessária.