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A causa complica-se
para o procurador Foltrigg.
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Sem cadáver, não há processo,
não há condenação...
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...nem fotografias na primeira página,
de que Foltrigg tanto gosta.
:17:12
Nem entrevistas à CNN, nem
ascensão fulgurante ao Capitólio.
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Que pena, Reverendo Foltrigg.
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Diabo de velha vaca!
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Já chegámos.
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Primeiro tentou o gás,
mas não funcionou.
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- Estava drogado.
- Cheio de calmantes e de whisky.
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Engoliu uma bala como sobremesa.
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É mesmo um suicídio.
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Tinha-lhe dito anteontem:
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"Tenho bastantes provas para
fazê-lo comparecer, seu porco! "
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Disparatava, claro, mas. . .
:17:48
. . .não sabia que os nervos
iam fazer que se matasse.
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Ele sabia onde está o cadáver.
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Já não nos dirá.
Sem cadáver, não há processo.
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- Que tempo faz em Memphis?
- Faz calor.
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Sprite. . .?
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Estás ferido?
:18:10
Uma briga, na escola.
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Estamos no verão.
Não há escola.
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Com um gajo da escola.
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Quem?
:18:19
- Porquê?
- Sou um chui.
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O meu trabalho
é fazer perguntas.
:18:24
Há muitos buracos na tua história.
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Estiveste no carro.
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Que quer dizer "indigente"?
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Indigente?
:18:34
Pobre.
:18:36
Como tu, a tua mãe
e o teu irmãozito.
:18:39
Diz a verdade. . .
:18:41
. . .e reza para que ele se safe dessa.
:18:43
Senão. . .
:18:44
. . .vai acabar. . .
:18:46
. . .num asilo
para malucos sem vintém. . .
:18:50
. . .com paredes acolchoadas. . .
:18:52
. . .e baratas no chão. . .
:18:54
. . .encadeado. . .
:18:55
. . .a uma cama imunda,
com serpentes. . .