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Recorda-se de algum momento
numa emergência num avião...
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onde tenha sentido medo?
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Bem, lembro-me de uma vez,
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de uma noite num Banshee em condiçôes
de combate, por isso não havia luzes.
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Foi no Shangri-la,
e estávamos no Mar do Japão.
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O radar tinha avariado,
e estava sem sinal de referência.
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Alguém no Japão estava
a usar a mesma frequência,
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e estava a afastar-me
de onde eu deveria estar.
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Tinha um oceano enorme e escuro ã minha
frente, por isso liguei a minha luz de mapa.
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E, de repente, zap,
tudo no meu cockpit deu curto circuito.
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Todo o equipamento e luzes tinham
avariado e não conseguia saber a altitude.
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Estava a ficar sem combustível,
e a pensar em mergulhar no oceano.
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Olhei para baixo e foi então,
que na escuridão,
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vi uma cauda verde.
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Como uma carpete que se tinha estendido
por baixo de mim. Eram algas!
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Era aquela coisa fluorescente...
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que se acende com a agitação
de um grande navio.
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Estava a guiar-me para casa.
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Se as luzes não tivessem avariado,
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nunca teria sido capaz de ver aquilo.
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Por isso, nunca se sabe...
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o que pode acontecer
para nos levarem para casa.
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O Comandante da nave, Jim Lovell,
não é estranho a emergências.
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-Como estás, Fred?
-Estou bem.
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Que raio foi isto?
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Esperemos que só tenha sido
o disco de hélio a romper.
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-Confirmam o estouro do disco de hélio?
-Confirmamos.
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Houston, isto vai afectar o nosso ângulo
de entrada de alguma maneira?
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Negativo. O ângulo de entrada
está estável nos 6.24 graus.
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Houston,
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precisávamos...