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A carpete e as plantas penduradas?
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São tudo ideias do Victor.
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O Victor queria
que fosse um lar.
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Tratava toda a gente com respeito.
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Os empregados, os fregueses...
até os passadores.
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Queria saber o que aconteceu
na sexta-feira passada.
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Três caras de cu maricas,
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queriam passar lá fora,
mesmo defronte à loja.
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Peguei no meu taco de confiança,
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e já ia partir umas cabeças e uns
braços, quando o Victor disse...
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Deixa-me tratar disto, por favor.
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Pomos um gajo ali, na casa de banho.
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E outro à janela, de vigia.
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Lamento, não podem passar aqui.
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Vêm cá famílias, respeitem isso.
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Tomem estes refrescos.
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Cola. Laranjada. Cerveja sem álcool.
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Agradecia muito o favor
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de saírem quando acabarem de beber.
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Normalmente, contentavam-se
com as bebidas de borla,
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mas desta vez, o Leroy
puxou dum maço de notas e disse...
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O meu patrão dá-te 300 à semana
se nos deixares passar aqui.
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E que respondeu ele?
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O Victor diz por favor e obrigado
com cada frase. Portanto, ou foi...
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Não. Por favor. Obrigado.
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- Ou...
- Por favor. Não, obrigado.
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Como?! Queres ser
o empregado do mês, ou quê?
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A tua miúda gosta de ti
a cheirar a hambúrguer?
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- Não. A minha mulher...
- Mulher. Estou a ver, olha...
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- Queremos montar aqui negócio.
- Compreendo isso.
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Façam o vosso negócio lá fora,
e eu trato do meu cá dentro.