:20:01
Virtude? Uma ova.
:20:03
Está em nós mesmos
sermos assim ou assado.
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Temos a razão para arrefecer
nossas furibundas ações...
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...nossos acessos carnais,
nossa luxúria insopitada...
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...o que me leva a achar que
chamas de amor o puro fanatismo.
:20:15
Não pode ser!
:20:16
É meramente a volúpia do sangue
permitida pela tua vontade!
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Vai, sê homem!
:20:22
Afogar-te?
:20:25
Afoga gatos e cega cãezinhos.
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Eu me professo teu amigo,
e me confesso...
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...cosido a teu mérito com fios
de resistência duradoura.
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Não poderia te apoiar
em melhor hora do que agora.
:20:44
Põe dinheiro na tua bolsa.
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Segue estas guerras.
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Disfarça teu semblante
com uma barba usurpada.
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Eu digo, põe dinheiro na tua bolsa.
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Não pode ser que Desdemona continue
amando o mouro longamente.
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Apenas põe dinheiro na tua bolsa.
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Quando ela se saciar de seu corpo,
há de enxergar o erro de sua escolha.
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Precisará mudar, é certo.
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Enche tua bolsa de dinheiro.
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Se a santimônia e um voto frágil
entre um bárbaro errante...
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...e uma supersutil veneziana
não forem demais p'ra meu engenho...
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...e toda a tribo do inferno...
:21:22
...tu hás de possuí-la.
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Portanto, põe...
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''Dinheiro na tua bolsa.''
:21:31
Às favas o afogamento, não?
:21:34
Tiramos isso do caminho.
:21:35
Procura mais ser enforcado
abraçando a tua alegria...
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...do que afogar-te e ficar sem ela.
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Serás fiel aos meus anseios?
:21:48
Tu confias em mim.
:21:51
Há muitos eventos
no útero do tempo...
:21:56
...que hão de ser dados à luz.