Othello
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:49:00
...de honestidade...
:49:02
...e que ponderas tuas palavras
antes de dar-lhes hálito.

:49:05
Portanto, essa tua hesitação
só me assusta mais.

:49:08
Quanto a Cassio,
ouso jurar que ele é honesto.

:49:12
Eu também acho.
:49:13
Os homens devem ser o que parecem.
:49:15
Aqueles que não o são
também não deveriam aparentar.

:49:17
Certamente, os homens
devem ser o que parecem.

:49:19
Então acho que Cassio é honesto.
:49:22
Não, há algo mais nisso!
:49:24
Eu imploro, fala como
se estivesses pensando.

:49:26
Enquanto ruminas, dá às tuas
piores idéias as piores palavras.

:49:30
Por caridade...
:49:33
...posso estar sendo
perverso em minha suposição...

:49:36
...pois confesso que é uma sina
da minha natureza vigiar abusos...

:49:40
...e meu ciúme, muitas vezes...
:49:43
...cria delitos que não existem.
:49:46
Por favor, pois: não ajudaria
vossa paz nem vosso bem...

:49:50
...tampouco minha hombridade, sabedoria
e honestidade revelar meus pensamentos.

:49:55
O que queres dizer?
:49:57
O bom nome de um homem ou
de uma mulher, senhor...

:50:01
...é a jóia suprema de sua alma.
:50:04
Quem rouba minha bolsa rouba lixo.
:50:07
É só uma coisa, um nada.
Foi minha, é dele...

:50:10
...e já foi escrava de milhares.
:50:12
Mas quem me surrupia
o meu bom nome...

:50:15
...rouba algo que não o enriquece...
:50:18
...e de fato me empobrece.
:50:22
Pelos céus, saberei o que pensas.
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Não podeis, ainda que
tirásseis meu coração...

:50:28
...e não sabereis enquanto
ele estiver comigo.

:50:32
Cuidado, meu senhor, com o ciúme!
:50:35
É um monstro de olhos verdes
que zomba da carne que devora.

:50:40
Por quê?
:50:44
Por que dizes isso?
:50:47
Achas que devotaria
minha vida ao ciúme...

:50:51
...seguindo até as mudanças
da lua com novas suspeitas? Não!

:50:56
Estar uma vez em dúvida
é de uma vez ter certeza.


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