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Adeus ao contentamento!
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Adeus, tropa emplumada, grandes guerras
que fazem da ambição uma virtude!
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Oh, adeus!
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A ocupação de Othello se foi.
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Possível, meu senhor?
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Vilão, garante que provarás
que meu amor é uma meretriz!
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Assegura-te disso.
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Dá-me a prova ocular...
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...ou, pelo valor
da minha alma imortal...
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...hás de preferir
ter nascido um cão...
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...a responder à ira que despertaste!
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Faz-me ver...
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...ou, no mínimo, prova...
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...com uma evidência sem um só gancho...
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...ou dobra de onde possa
uma dúvida pender...
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...senão ai de tua vida!
-Meu nobre senhor!
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Se tu a caluniaste e
me torturaste assim...
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...nunca mais rezes,
abandona todo remorso!
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Acumula horrores sobre
o próprio horror...
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...faz atos que levem
o céu às lágrimas...
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...pois nada podes acrescentar
que aumente essa danação!
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Graça divina!
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O céu que me defenda!
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Adeus! Tomai meu cargo.
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Ser franco e honesto não é seguro.
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Agradeço-vos pela lição. De agora
em diante, nenhum amigo amarei...
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...já que o amor gera tais ofensas!
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Não, fica!
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-Tu deves ser honesto.
-Eu devo ser sábio...
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...pois a honestidade é tola
e perde aquilo para que trabalha.
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Pela humanidade, eu acho
que minha esposa é honesta...
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...e acho que não é.
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Acho que tu és justo e que não és.
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Quero alguma prova.
Quem dera eu pudesse tê-la.
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Vejo, senhor,
que a paixão vos consome.
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Arrependo-me de tê-la
despertado em vós.
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-Quereis ter provas?
-Se quero? Não, eu as terei.
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Podeis tê-las. Mas como? Que provas?
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Quereis ver tudo com vossos olhos?
Contemplá-la sendo montada?
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Ó morte e danação!
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Seria tedioso e difícil
levá-los a fazer isso.
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Malditos sejam, então!
O que devo dizer?
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Onde estão as provas?