Othello
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1:21:02
Ó dia pesaroso!
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Por que chorais?
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Sou eu o motivo
dessas lágrimas, senhor?

1:21:14
Se ao céu agradasse
atribular-me com aflições...

1:21:17
...se chovesse todo tipo de
feridas e vergonhas sobre mim...

1:21:21
...ainda acharia eu, num canto
da alma, um pingo de paciência.

1:21:25
Mas, ai! Ali, onde eu
guarneci meu coração...

1:21:29
...onde devo viver ou
abandonar a vida...

1:21:31
...na nascente da qual minha
correnteza irrompe ou seca...

1:21:36
...ver uma cisterna se formar onde
imundas rãs se agrumam e copulam!

1:21:41
Ó tu...
1:21:43
...que és tão adoravelmente bela...
1:21:47
...cujo perfume é tão doce
que traz dor aos sentidos...

1:21:54
...antes nunca tivesses nascido!
1:21:59
Ai de mim, que delito ignorado cometi?
1:22:02
Esse alvo papel foi feito para
que nele se escrevesse ''meretriz''?

1:22:06
-Que delito? Rameira impudente!
-Pelos céus, vós me injustiçais.

1:22:10
-Não sois uma rameira?
-Não, por minha alma cristã!

1:22:12
Como? Não sois meretriz?
1:22:13
-Não, pela minha salvação!
-Será possível?

1:22:17
Que o céu nos perdoe!
1:22:20
Peço perdão, então.
1:22:23
Tomei-vos pela astuta meretriz
de Veneza que desposou Othello.

1:22:31
Vós, senhora...
1:22:33
...que, ao contrário de São Pedro,
guardais as portas do inferno!

1:22:39
Vós, vinde!
1:22:44
Nós já terminamos.
1:22:46
Rogo-vos que tranqueis
a porta e fiqueis aqui.

1:22:52
Sou aquela coisa, lago?
1:22:55
Que coisa, bela dama?
1:22:58
Aquela que meu senhor disse que sou.

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