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Filho da puta!
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Eu não compro filmes
em que há mortes!
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Não tenhas um ataque, meu.
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Detesto quando eles morrem.
Estraga-me o dia.
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- Merda!
- Desculpa.
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Porque é que a bófia
não usou a fita como prova?
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Com todo aquele sangue,
não deram pelo equipamento.
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- Como é que tu a conseguiste?
- Tenho os meus métodos, Lenny.
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Um dos paramédicos deu-me um toque
e eu fui buscá-la à morgue.
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O que achas?
Deve valer pelo menos 1.000 dólares!
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Não quero ser desmancha-prazeres,
mas isto não é mercadoria para mim.
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Dou-te 400. Vou cortar o final,
e os meus clientes não querem cortes.
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Porra, o final é o melhor.
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Uma queda de seis andares e pimba!
Ligas-te à morte.
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Não negoceio em ligações fatais.
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É uma questão de ética profissional.
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Desde quando?
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É isto que as pessoas querem ver.
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Então vai vender a outro.
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Tenho despesas de material.
As cabeças estão cheias de sangue.
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- Vai gamar.
- Dá-me 600, pelo menos.
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Ficou bom. Puxa a adrenalina.
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A primeira parte não ficou mal.
Melhor que as novelas do costume.
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Isso é maldade.
Só te trago bom material.
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Pois, como esta merda?
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Uma briga de namorados.
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Não se passa nada. Que seca.
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Tu é que me pediste cenas de rua,
cenas da vida real.
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Disseste que o desespero de alguns
é o espectáculo de outros.
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- Eu disse isso?
- Estou-te a citar.
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Fico com isto por 500,
porque vai dar lucro.
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- Sem comissão para o portador.
- Lá isso é verdade!
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Que mais tens aí?
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Bizarras, as chamadas de hoje.
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Passa das duas da manhã
do dia 30 de Dezembro de 1999.