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Ela sente o que ele sente a violá-la.
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O gozo que ele sente ao matá-la
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é enviado para ela,
aumentando-lhe o medo,
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que, por sua vez,
intensifica o gozo dele.
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- Já vi muita coisa, mas isto...
- Eu também. Demais.
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É horrível.
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Ele obriga-a a ver a própria morte,
e goza a reacção dela.
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- E grava tudo.
- E dá-to a ti.
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- Quer partilhá-lo.
- Claro que quer, pá.
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É a cena dele, precisa de público.
O gajo é tarado.
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- Porquê eu?
- Porque tu és o homem mágico.
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Tu crias sonhos.
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Se tem a ver com ligações,
vem parar às tuas mãos.
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Nunca lidei com ligações fatais.
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- Toda a gente sabe.
- Ele anda a foder-te o juízo.
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Espera uma reacção tua.
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Quer-te obrigar a fazer
o que tu não queres fazer.
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Talvez julgue que o Lenny
aprecie a sua obra.
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É o teu beco escuro. Gostas?
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Mace, deixa-me.
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O gajo é um dos agarrados à LULA
que tu conheces.
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O problema
é que o Lenny conhece toda a gente.
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- Entrega a gravação à Polícia.
- Não.
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Eles vão-me tramar.
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Então esse tarado das ligações
vai andar por aí à solta?
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O Lenny tem razão.
A Polícia vai suspeitar dele,
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percorrem a lista de clientes
e dão-lhe cabo da vida.
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Por pouco que ela valha.
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Ligo aos colegas dos Homicídios.
Digo que a Iris era minha amiga.
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Isso vai-me pôr no mapa.
Contacto a medicina legal e tudo.
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Vê se dormes. Ligo-te logo que
saiba alguma coisa. Descontrai-te!
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Toma cuidado.
Alguém está a pensar muito em ti.