:47:05
	Vamos, jovem cata-vento, vinde comigo.
:47:08
	Vosso assistente serei,
se num aspecto só.
:47:12
	Qu' esta aliança tão
feliz possa vir a ser
:47:15
	que o rancor da vossa casa
em puro amor se haja de converter.
:47:18
	Oh vamo-nos daqui! Pressa súbita tenho!
:47:23
	Com siso e devagar.
Tropeça e cai quem muito corre.
:47:27
	Talvez qu'eu seja exigente demais
:47:31
	Talvez, como meu pai, ousado a mais
:47:34
	Talvez qu'eu seja como minha mãe
:47:38
	Nunca satisfeita
:47:42
	Porque gritamos um ao outro?
:47:44
	PRAIA DO MERCADOR DE VERONA
:47:45
	MATÉRIA TAL QUE SONHOS
DELA NASCEM
:47:47
	QUE ESTOIRE A TROVOADA
:47:57
	Assim soa tudo isto.
:48:00
	Assim soa tudo isto.
:48:04
	Assim soa tudo isto.
:48:06
	Onde diabo andará o tal Romeu?
Não voltou esta noite a casa?
:48:09
	Nem à casa do pai;
falei cos tipos dele.
:48:12
	Afinal, essa pálida moça
de duro coração, essa Rosalina,
:48:16
	de tal forma o tormenta,
que ele decerto vira louco.
:48:19
	Tebaldo mandou
uma carta à casa do pai dele.
:48:21
	- Um desafio, p'la minha vida!
- Vai Romeu responder?
:48:24
	Homem que sabe escrever
decerto pode responder.
:48:26
	Certo qu'ele responderá ao dono da carta,
ele próprio desafiando, uma vez desafiado.
:48:30
	Enfim, pobre Romeu, morto está ele já!
Apunhalado pelos negros de uma moça branca!
:48:35
	De ouvido trespassado
por uma canção de amor!
:48:37
	Fendido o próprio eixo de seu coração
pela flecha cega do infante-de-arco!
:48:40
	E é ele homem para enfrentar o Tebaldo?
:48:43
	- Como, o que é o Tebaldo?
- Mais que Príncipe de Gatos.
:48:47
	É o corajoso capitão de cumprimentos!
:48:51
	Ele luta enquanto tu cantas.
:48:54
	Guarda ritmo, distância, e proporção.
:48:58
	Descansa nas suas pausas mínimas.