:49:00
	Um, dois, e a um terceiro...
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	certeiro, no vosso peito.
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	O preciso carniceiro de botão de seda.
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	Um duelista.
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	Um duelista!
Um cavalheiro da primeiríssima casa,
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	da primeira e segunda causa.
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	O passe imortal!
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	O lance inverso!
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	Oh, um... ai!
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	O quê?
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	Aqui vem Romeu.
:49:27
	Romeu!
:49:31
	Ho-ho, fanado de tafetá!!
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	Senhor Romeu, bom dia!
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	Há na França uma saudação
para a vossa aguada francesa.
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	Bem nos ludibriastes ontem à noite.
:49:41
	Bom dia a ambos.
Que ludíbrio foi esse?
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	A esquiva, amigo, a esquiva.
Não será de conceber?
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	Perdão, bom Mercúcio.
Era importante o que tinha a fazer
:49:49
	e em situação como a minha
um homem pode sacrificar a cortesia.
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	Quer isso dizer
:49:53
	que situação como a vossa
impõe que se dobrem as pernas!
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	- Em reverência, é isso?
- Muito amavelmente acertais.
:50:00
	- A mais cortês exposição.
- Mas eu sou o rosado da cortesia.
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	- Rosado de flor?
- Isso mesmo.
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	Ora, bem florido está o meu inquisidor!
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	Oh, aguda esperteza!
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	Agora sois sociável. Agora sois Romeu!
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	Agora sois o que sois,
em arte como em natureza!
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	Aqui vem bom material!
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	A Deus boa tarde, gentil e bela dama.
:50:23
	Uma confidência desejo eu convosco.
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	Uma alcoviteira!
:50:30
	Uma atrevida, uma atrevida, uma atrevida!
:50:33
	Ho, oh! Ho, oh!
:50:35
	Ho, oh! Ho, oh!
:50:37
	Romeu!
:50:39
	Romeu!
:50:42
	Romeu!
:50:46
	Vindes à casa paterna?
:50:48
	Lá iremos p'ra jantar.
:50:51
	Seguir-vos-ei.
:50:54
	Adeus, velha dama! Adeus!
:50:59
	Acaso a seduzísseis para um
paraíso de loucos, como soi dizer-se,