:50:00
	- A mais cortês exposição.
- Mas eu sou o rosado da cortesia.
:50:04
	- Rosado de flor?
- Isso mesmo.
:50:06
	Ora, bem florido está o meu inquisidor!
:50:08
	Oh, aguda esperteza!
:50:10
	Agora sois sociável. Agora sois Romeu!
:50:13
	Agora sois o que sois,
em arte como em natureza!
:50:18
	Aqui vem bom material!
:50:21
	A Deus boa tarde, gentil e bela dama.
:50:23
	Uma confidência desejo eu convosco.
:50:29
	Uma alcoviteira!
:50:30
	Uma atrevida, uma atrevida, uma atrevida!
:50:33
	Ho, oh! Ho, oh!
:50:35
	Ho, oh! Ho, oh!
:50:37
	Romeu!
:50:39
	Romeu!
:50:42
	Romeu!
:50:46
	Vindes à casa paterna?
:50:48
	Lá iremos p'ra jantar.
:50:51
	Seguir-vos-ei.
:50:54
	Adeus, velha dama! Adeus!
:50:59
	Acaso a seduzísseis para um
paraíso de loucos, como soi dizer-se,
:51:03
	um muito grosseiro género
de conduta tal seria, como soi dizer-se.
:51:06
	Que a dama é jovem
:51:08
	e, portanto, que vós a enganásseis,
:51:12
	coisa má em verdade seria,
e trato deveras muito fraco.
:51:18
	Que venha a confessar-se esta tarde
:51:21
	e ali será,
na cela de Frei Lourenço, absolvida...
:51:26
	e casada.
:51:30
	Amai-me, amai-me
:51:32
	Dizei que me amais.
:51:34
	Iludi-me, iludi-me.
:51:36
	Mais ainda e iludi-me.
:51:38
	Amai-me, amai-me
:51:40
	Pretendei que me amais
:51:42
	Oh, ama de mel! Que notícias?
:51:45
	- Ama!
- Estou exausta! Deixai-me por um pouco!
:51:48
	Ai, como me doem os meus ossos!
:51:51
	Que saracoteio o meu!
:51:53
	Bem queria que tivésseis vós os meus
ossos e eu as vossas notícias.
:51:55
	Vamos, eu vos suplico, falai !
:51:57
	Jesus, que pressa!
Não podeis deter-vos um instante?