1:08:03
	Benvólio, quem começou está refrega?
1:08:08
	Bem forte grita Romeu, "Alto, amigos!"
1:08:12
	Tebaldo feriu a vida
do valente Mercúcio.
1:08:15
	Tebaldo aqui chacinado...
1:08:18
	pela mão do Romeu foi tombado.
1:08:20
	Príncipe!
1:08:23
	Legítimo que sois,
1:08:24
	por nosso sangue,
derramai sangue de Montéquio!
1:08:27
	O Romeu, que justo falou,
1:08:30
	trégua não conseguiu com
a desregrada malquerença de Tebaldo...
1:08:32
	surdo à paz.
1:08:34
	É ele um parente dos Montéquios.
Torna-o falso a afeição!
1:08:37
	Rogo eu justiça,
que vós, Príncipe, heis-de fazer!
1:08:41
	Romeu matou Tebaldo.
1:08:43
	Romeu não pode viver!
1:08:47
	Romeu o matou. Ele matou Mercúcio.
1:08:50
	Quem deve agora o custo
do caro sangue seu?
1:08:56
	Romeu, Príncipe, não.
Mercúcio dele era o amigo.
1:08:59
	Completa a sua falta aquilo a que a Lei
devia pôr termo - a vida de Tebaldo.
1:09:02
	E por essa ofensa
d'imediato o desterramos.
1:09:04
	Nobre Príncipe...
1:09:06
	Surdo serei, a rogos e desculpas!
1:09:08
	Nem lágrimas nem preces
redimirão abusos!
1:09:11
	Nenhuma useis, portanto!
1:09:15
	Que Romeu daqui se vá, depressa!
1:09:19
	Ou, se achado, essa
há-de ser su'hora derradeira!
1:09:24
	Romeu é desterrado!
1:09:29
	Desterro...
1:09:32
	Sede clemente, morte ditai.
1:09:35
	Qu' exílio mais terror tem em
seu aspecto, muito mais que morte.
1:09:39
	Desterro não diteis.
1:09:42
	A tormenta está de vossa parte enamorada,
e casado estais com calamidade.
1:09:47
	Logo, de Verona sois banido.
1:09:50
	Sede paciente, que
o mundo é longo e largo.
1:09:53
	Mundo não há, p'ra
lá dos muros de Verona.
1:09:55
	Daqui banido, do mundo banido é,
e exílio do mundo é morte.