Romeo Juliet
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1:09:02
E por essa ofensa
d'imediato o desterramos.

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Nobre Príncipe...
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Surdo serei, a rogos e desculpas!
1:09:08
Nem lágrimas nem preces
redimirão abusos!

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Nenhuma useis, portanto!
1:09:15
Que Romeu daqui se vá, depressa!
1:09:19
Ou, se achado, essa
há-de ser su'hora derradeira!

1:09:24
Romeu é desterrado!
1:09:29
Desterro...
1:09:32
Sede clemente, morte ditai.
1:09:35
Qu' exílio mais terror tem em
seu aspecto, muito mais que morte.

1:09:39
Desterro não diteis.
1:09:42
A tormenta está de vossa parte enamorada,
e casado estais com calamidade.

1:09:47
Logo, de Verona sois banido.
1:09:50
Sede paciente, que
o mundo é longo e largo.

1:09:53
Mundo não há, p'ra
lá dos muros de Verona.

1:09:55
Daqui banido, do mundo banido é,
e exílio do mundo é morte.

1:10:00
Donde banido é morte de nome deturpado.
1:10:01
Chamando à morte desterro, minha cabeça
decepais com um machado d'ouro

1:10:05
e sorris ao golpe
que m'assassina.

1:10:07
Oh pecado mortal!
Oh grosseira ingratidão!

1:10:10
Isto é clemência e vós não a vedes.
1:10:14
Ide-vos daqui!
1:10:23
- Venho de minha dama, Julieta!
- Bem-vinda, pois.

1:10:26
Onde está o cavaleiro da minha dama?
1:10:27
Romeu, apresentai-vos.
1:10:30
- Caro senhor.
- Ama.

1:10:33
Ah, caro senhor.
1:10:35
A morte é o fim de tudo.
1:10:38
Falais vós de Julieta?
1:10:40
Onde está ela e como está?
1:10:42
E que dia minha oculta dama
ao nosso amor obstruído?

1:10:45
Oh, nada diz ela, caro senhor,
que apenas chora, e chora.

1:10:49
E então sobre Romeu chora,
e logo de novo desfalece.

1:10:55
Como se esse nome, disparado
da mira de uma arma mortal,

1:10:58
deveras a matasse, que desse nome a mão
maldita o parente dela assassinou!


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