1:10:00
	Donde banido é morte de nome deturpado.
1:10:01
	Chamando à morte desterro, minha cabeça
decepais com um machado d'ouro
1:10:05
	e sorris ao golpe
que m'assassina.
1:10:07
	Oh pecado mortal!
Oh grosseira ingratidão!
1:10:10
	Isto é clemência e vós não a vedes.
1:10:14
	Ide-vos daqui!
1:10:23
	- Venho de minha dama, Julieta!
- Bem-vinda, pois.
1:10:26
	Onde está o cavaleiro da minha dama?
1:10:27
	Romeu, apresentai-vos.
1:10:30
	- Caro senhor.
- Ama.
1:10:33
	Ah, caro senhor.
1:10:35
	A morte é o fim de tudo.
1:10:38
	Falais vós de Julieta?
1:10:40
	Onde está ela e como está?
1:10:42
	E que dia minha oculta dama
ao nosso amor obstruído?
1:10:45
	Oh, nada diz ela, caro senhor,
que apenas chora, e chora.
1:10:49
	E então sobre Romeu chora,
e logo de novo desfalece.
1:10:55
	Como se esse nome, disparado
da mira de uma arma mortal,
1:10:58
	deveras a matasse, que desse nome a mão
maldita o parente dela assassinou!
1:11:04
	Julgava eu a vossa disposição
mais bem humorada.
1:11:07
	A vossa Julieta viva está. Nisso
sois vós feliz.
1:11:10
	Tebaldo vos mataria,
não tivésseis vós matado Tebaldo.
1:11:13
	Nisso sois vós feliz.
1:11:15
	A lei que ameaçava morte
devém amiga e passa a exílio .
1:11:20
	Nisso sois vós feliz.
1:11:22
	Uma chusma de bênçãos
cai sobre as vossas costas.
1:11:25
	Por que clamais então contra
o vosso berço, o Céu, e a Terra,
1:11:29
	quando berço, e Céu, e Terra, em vós se
encontram todos, ao mesmo tempo?
1:11:33
	Senhor, um anel me
pediu a minha dama que vos desse.
1:11:37
	Que bem se revive nisto o meu conforto!
1:11:39
	Ide-vos.
1:11:41
	Para junto do vosso amor,
como acertado estava.
1:11:44
	Subi ao quarto dela e dai-lhe conforto.
1:11:48
	Vá! Apressai-vos!
1:11:51
	Mas cuidai... de não permanecerdes
até se postarem sentinelas,
1:11:53
	que não podereis passar então a Mântua,
1:11:55
	onde vivereis até que ocasião possamos nós
achar para celebrar o vosso casamento,
1:11:59
	reconciliar os vossos amigos,
rogar perdão ao Príncipe,