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Donde banido é morte de nome deturpado.
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Chamando à morte desterro, minha cabeça
decepais com um machado d'ouro
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e sorris ao golpe
que m'assassina.
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Oh pecado mortal!
Oh grosseira ingratidão!
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Isto é clemência e vós não a vedes.
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Ide-vos daqui!
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- Venho de minha dama, Julieta!
- Bem-vinda, pois.
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Onde está o cavaleiro da minha dama?
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Romeu, apresentai-vos.
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- Caro senhor.
- Ama.
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Ah, caro senhor.
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A morte é o fim de tudo.
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Falais vós de Julieta?
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Onde está ela e como está?
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E que dia minha oculta dama
ao nosso amor obstruído?
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Oh, nada diz ela, caro senhor,
que apenas chora, e chora.
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E então sobre Romeu chora,
e logo de novo desfalece.
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Como se esse nome, disparado
da mira de uma arma mortal,
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deveras a matasse, que desse nome a mão
maldita o parente dela assassinou!
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Julgava eu a vossa disposição
mais bem humorada.
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A vossa Julieta viva está. Nisso
sois vós feliz.
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Tebaldo vos mataria,
não tivésseis vós matado Tebaldo.
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Nisso sois vós feliz.
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A lei que ameaçava morte
devém amiga e passa a exílio .
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Nisso sois vós feliz.
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Uma chusma de bênçãos
cai sobre as vossas costas.
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Por que clamais então contra
o vosso berço, o Céu, e a Terra,
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quando berço, e Céu, e Terra, em vós se
encontram todos, ao mesmo tempo?
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Senhor, um anel me
pediu a minha dama que vos desse.
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Que bem se revive nisto o meu conforto!
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Ide-vos.
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Para junto do vosso amor,
como acertado estava.
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Subi ao quarto dela e dai-lhe conforto.
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Vá! Apressai-vos!
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Mas cuidai... de não permanecerdes
até se postarem sentinelas,
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que não podereis passar então a Mântua,
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onde vivereis até que ocasião possamos nós
achar para celebrar o vosso casamento,
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reconciliar os vossos amigos,
rogar perdão ao Príncipe,