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Imoderadamente ela chora
a morte de Tebaldo.
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Ora, caro senhor, o pai dela tem por perigoso
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que ela assim dê à sua tristeza tamanho azo
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e, em seu siso, apressa o nosso casamento
para impedir a inundação das suas lágrimas.
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Feliz de vos encontrar,
senhora e esposa minha.
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Isso poderá ser,
quando eu seja vossa esposa.
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Esse "poderá ser" há-de ser, meu amor,
na próxima Quinta-feira.
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- O que tem que ser será.
- Bem, isso é texto certo.
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Vindes a confessar-vos?
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Estais agora a lazer, sagrado Padre, ou
deveria eu vir ver-vos na missa desta tarde?
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Meu lazer vos servirá,
filha pensativa, agora.
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Bom senhor,
temos que implorar o tempo a sós.
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Que Deus me defenda de
perturbar a devoção!
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Julieta, na Quinta-feira cedo vos despertarei.
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Até então, adeus,
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e guardai este beijo sagrado.
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Não me digais, Padre,
que a isto dais vós ouvido,
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- senão para dizer-me como poderei eu evitá-lo!
- Isso está para lá da minha inteligência!
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Se em consciência
nenhuma ajuda podeis dar,
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quedai-vos em chamar a
minha resolução de assisada.
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- E com isto, presentemente o resolverei!
- Alto, filha!
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Não leveis tanto tempo para falar!
Anseio por morrer!
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Deveras enxergo uma espécie de esperança,
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que almeja uma execução tão desesperada
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como desesperado é aquilo
que evitaríamos.
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Se, de preferência a casar com o tal Paris,
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tendes vós a força de vontade
para a vós própria vos matardes,
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então provável é que vos
sujeitaríeis a algo como a morte
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para afastar ess'outra vergonha.
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E, se a tal vos atreveis,
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eu vos darei o remédio.
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Nem calor, nem respiração
testemunhará que viveis.