:49:09
	Meritíssimos...
:49:13
	... considero um grande alívio
:49:16
	o facto do meu colega, Dr. Baldwin,
:49:21
	ter defendido o processo
:49:24
	de modo tão eficiente e completo,
:49:29
	que pouco me deixa para dizer.
:49:34
	Ainda assim...
:49:38
	... porque nos encontramos aqui?
:49:42
	Como é que uma simples
disputa de propriedade
:49:45
	é tão dignificada,
:49:48
	a ponto de o processo
ser julgado no Supremo Tribunal?
:49:52
	Receamos que os outros tribunais
não tenham percebido a verdade?
:49:56
	Ou será que foi o nosso
incomensurável medo
:49:59
	da guerra civil que nos levou
a carregar de simbolismo
:50:03
	um processo que não o devia ter,
:50:06
	e é por esse motivo
que desprezamos a verdade,
:50:09
	mesmo que se eleve perante nós,
orgulhosa como uma montanha?
:50:14
	A verdade,
:50:17
	na verdade, foi escorraçada
deste processo como um escravo,
:50:21
	açoitada de tribunal em tribunal,
:50:24
	desgraçada e indigente,
:50:28
	e não por qualquer sagaz
expediente jurídico
:50:31
	utilizado pela acusação.
:50:35
	Mas sim pelo longo
e poderoso braço do executivo.
:50:40
	Não estamos perante um mero caso
de propriedade, meus senhores.
:50:44
	É o processo mais importante
que alguma vez aqui foi julgado.
:50:47
	O cerne da questão é, na realidade,
:50:52
	a própria natureza do homem.
:50:58
	Isto são...