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Ele quebrará as suas cadeias,
dizimará os seus inimigos.
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Tentará vezes sem conta,
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contra todas as probabilidades
de êxito,
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contra todos os preconceitos,
regressar a casa.
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Cinque, levante-se, por favor.
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Para que todos o vejam.
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Este homem é negro.
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Todos podemos ver isso.
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Mas será que podemos ver
outro aspecto não menos correcto?
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Que ele é o único verdadeiro
herói presente nesta sala?
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Se fosse branco,
não estaria neste tribunal,
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a lutar pela própria vida.
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Se ele fosse branco
e os seus escravizadores, britânicos,
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seria por nós cumulado
de medalhas e honrarias.
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Escrever-se-iam canções sobre ele.
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Grandes escritores produziriam
livros inteiros a seu respeito.
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A sua história seria contada
e recontada nas nossas escolas.
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Os nossos filhos,
nós assegurar-nos-íamos bem disso,
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conheceriam o seu nome tão bem
como conhecem o de Patrick Henry.
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Mas se o Sul tiver razão,
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o que havemos de fazer
com aquele embaraçoso documento,
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a Declaração de Independência?
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Que fazer com os seus
grandiosos conceitos?
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"Todos os homens nascem iguais",
"direitos inalienáveis",
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"liberdade", e assim por diante...
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Que havemos de fazer a isto?
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Eu tenho uma sugestão.