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Ainda bem que é você.
Por favor, afaste-o da minha vista.
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- Que lhe fizeste?
- Eu? É ela.
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Uma atracçäo implícita.
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Atracçäo? Aquele coisa magricelas?
Estás maluco?
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- Só fiz uma simples pergunta.
- Atracçäo. Ridículo.
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O mês passado, os vistos eram azuis.
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Mas agora säo vermelhos.
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Vistos. Vistos, por favor.
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É o que detesto neste governo.
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- Tudo em vermelho.
- Vermelho?
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Vamos para o vagäo das bagagens
antes que cheguem os guardas.
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Proponho sairmos deste comboio.
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Desculpe. Pensei ser outra pessoa.
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É você. Bem, näo faz mal.
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- Temos de ir.
- Onde vamos?
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Acho que me partiu o nariz.
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Os homens säo todos uns bebés.
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Sim. Sim, isto serve.
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- Ela regela aqui.
- Pode descongelar em Paris.
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O vagäo das bagagens? Näo há nada
de mal com os vistos, ou há, maestro?
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Claro que näo, Sua Graça.
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É que detesto vê-la conviver
com os homens do povo.
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- Que foi aquilo?
- Näo sei.
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Mas lá se vai o vagäo-restaurante.