Anastasia

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- Eu... eu...
- Sim?

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Quero desejar-te boa sorte, creio.

1:02:13

Boa sorte.

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Bem, é agora.

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Informe Sua Majestade, a lmperatriz,

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que eu encontrei a sua neta,
a Grä-Duquesa Anastasia.

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Ela está lá fora,
à espera para a ver.

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Lamento, jovem,
mas a lmperatriz näo vai ver ninguém.

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Diga ao jovem impertinente que já
vi tantas Grä-Duquesas Anastasias

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que dá para viver esta vida
e a próxima.

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- Tem de ir.
- Por favor, deixe-me...

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Se me dá licença, gostava de viver
em paz o resto da minha vida solitária.

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Eu acompanho-o até à porta.

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Vá, venha. Venha até à porta.

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Sua Majestade, näo quero fazer-lhe mal.

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Chamo-me Dimitri.
Eu trabalhava no palácio.

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Devo dizer, que nunca ouvi essa.

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Espere. Näo vá, por favor.
Ouça só o que...

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Sei o que pretende. Já vi isso antes.

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Homens que ensinam jovens
as maneiras e costumes reais.

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- Mas se Sua Alteza escutar...
- Ainda percebeu? Chega.

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Näo me importa quanto tenha moldado
esta moça para se parecer com ela,

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ou a encarnar.

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Descubro sempre, nunca é ela.

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- É ela, desta vez.
- Dimitri. Já ouvi falar de si.

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Você é aquele
burläo de Säo Petersburgo

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que arranjava audiçöes para
encontrar a sósia de Anastasia.

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Mas nós viemos da Rússia...

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E outros vieram de Timbuktu.

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Näo.
Näo é o que está a pensar.

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Quanto mais dor irá infligir numa
velha mulher por dinheiro? Levem-no.

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Mas ela é a Anastasia.
Estou a dizer-lhe. Se falar com ela, vai ver.