:05:04
	Espere.
:05:06
	Por favor, Diane!
:05:09
	Olhe, vou fechar a porta.
:05:13
	Vou pôr aqui a cadeira
para impedir a entrada.
:05:17
	Assim ninguém pode entrar
e isto fica só entre nós.
:05:22
	Podia tirar a arma da boca?
Por favor.
:05:25
	O efeito é o mesmo
se apontar a arma à têmpora.
:05:29
	Assim é mais fácil falar.
:05:39
	-Que tipo de polícia é o senhor?
-Sou psicólogo forense.
:05:44
	É uma maneira elegante
de dizer que sou um homem
:05:47
	que entra numa sala daquelas e determina
os "comos" e os "porquês".
:05:51
	-Não vou contar nada de novo.
-Pois não.
:05:54
	Mas preciso que me confirme
alguns aspectos.
:05:57
	Por exemplo: o Edmund
costumava bater-lhe depois de beber?
:06:01
	A gola subida da sua camisola
é para tapar nódoas negras?
:06:05
	Costuma ter de esconder
as marcas que ele lhe faz?
:06:09
	Há 2 semanas, ele bateu-me.
:06:13
	Eu jurei que era a última vez.
:06:17
	Finalmente, tive coragem
para deixar o filho da mãe
:06:21
	e ele atraiu-me de novo.
:06:23
	Penso que fez o que tinha de fazer.
:06:30
	Agora temos é de arranjar
um modo de pôr fim a isto.
:06:34
	Como deve ser.
:06:38
	lmporta-se que eu me aproxime?
:06:42
	Obrigado.
:06:44
	Temos de fotografar as suas marcas.
:06:48
	Conheço pelo menos
meia dúzia de bons advogados
:06:51
	especializados na defesa de mulheres
vítimas de violência doméstica.
:06:56
	O que quero dizer
:06:58
	é que, se puxar o gatilho,
nunca se saberá a verdade.