:05:03
Trata-se de uma missão sinistra
com implicações de extremo perigo.
:05:07
Eu sou doutor de jornalismo, pá.
Isto é importante, raios!
:05:10
É uma história verdadeira!
:05:13
Aonde vais? Senta-te!
:05:14
Tira as manápulas
do meu pescoço!
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A nossas vibrações estavam a dar
para o torto... Mas porquê?
:05:21
Não haveria comunicação
neste carro?
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Ter-nos-íamos deteriorado ao ponto
de sermos bestas irracionais?
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Este homem ao volante
é o meu advogado.
:05:29
Ele não é apenas um totó que eu
encontrei. É um estrangeiro.
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Penso que deve ser da Samoa.
Mas isso também não interessa.
:05:36
És preconceituoso?
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-Não, caramba.
-Não me pareceu que fosses.
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Não obstante ser de outra raça,
este homem é-me muito útil.
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Merda! Esqueci-me da cerveja.
Queres uma?
:05:46
-Não.
-E que tal éter?
:05:48
-O quê?
-Esquece.
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Vamos lá ao que interessa.
Faz agora 24 horas
:05:54
que estávamos sentados
no Beverly Heights Hotel,
:05:57
na zona da esplanada, a beber
Singapore Slings com mescal
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para nos escondermos
das animalescas realidades
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deste imundo ano da graça
de 1971.
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Talvez seja esta a chamada
de que está à espera.
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Talvez.
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Palavra? Certo.
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Porque não? Sim.
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Era do quartel-general.
Eles querem que eu...
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Obrigado.
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Querem que eu vá
imediatamente a Las Vegas
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e entre em contacto com um fotógrafo
português chamado Lacerda.
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Ele terá os pormenores.
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Eu só tenho de dar entrada
na minha suite insonorizada,
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ele dá comigo. O que achas?
-Cheira-me a chatice da grossa.
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Vais precisar de muito
aconselhamento jurídico nisso.
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Como teu advogado, aconselho-te
a alugar um descapotável veloz.
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Precisarás de coca,